quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Brasil enfoque ético

Corporativismos e corrupção em rede

O Brasil vive uma fase de insegurança e desconfiança quanto ao futuro diante de uma inércia desanimadora dentro de um corporativismo de omissão, as necessidades brasileiras urgentes não são de bolsas disso ou daquilo que só formam bolsões de ociosidades e deformações de caráter, mas de oportunidades de trabalho para adultos e jovens, de educação de qualidade, essas ditas bolsas são paliativas, não acrescentam dignidade a ninguém.
Na sociedade moderna em que vivemos poder corrompe consciências, o egoísmo, a omissão e a indiferença campeiam no âmago das instituições e fazem com que a vida nacional se estagne cada vez mais, sendo levada e surfando nas ondas das crises econômicas, com tímidas incrementações na política monetária com projeções para baixo em 2014, por não termos projetos de desenvolvimento tecnológico, industrial, infra estrutura, exportação de nossos produtos com valores agregados, então se apela para a tributação dos cidadãos que já têm uma carga tributária pesada, os retrocessos são inaceitáveis, onde existe saídas para tudo, diante da ascendência contínua da infração onde os mais fracos se perdem no caminho, numa ditadura da impunidade repleta de corrupção, desvios de milhões, esquemas, máfias se instalam pelo país afora sutilmente, há um silêncio velado diante das crises econômicas e políticas e das incertezas de futuro para o povo brasileiro.
Os malfeitos já atingiram a alma das células sociais, como também em parte significativa da sociedade mergulhada na mediocridade e nas manipulações de diversas naturezas como as da juventude que já começaram com intensidade quando falta leitura e conhecimento para grande parte dessa parcela da sociedade, nas formas de analfabetismos vigentes e na dormência diante da tragédia educacional de hoje, o rítmo nas casas de lei é lento, as manifestações deste ano deram um sentido de urgência na votação de projetos que se arrastavam mas logo veio o desencanto e voltamos à inércia, nesse modelo de sociedade como se pode ter consciência critica e cidadã? por isso continuam as crises passando de gerações a gerações sem que mudanças profundas façam a diferença,chega de leis mortas por falta de eficácia, as políticas de Estado são proteladas e as suas devidas prioridades que são de suma importância para o desenvolvimento não acontecem, porque há só corporativismos para interesses de políticas de governos e de pessoas, como vemos pela mídia, então nos perguntamos se vivemos num país sério!.
Quando são divulgadas determinadas irregularidades que às vezes envolvem milhões de recursos públicos desviados pela corrupção com a impunidade, há muitos obstáculos, logo aparece o abafa-abafa e quando a imprensa divulga os esquemas e desvios pelo país afora aparece logo a marcação velada da mesma, é a lei do silêncio, da mordaça, nas democracias plenas a liberdade de imprensa é primordial e necessária.
A lavagem de dinheiro é gigantesca e contínua pelo país afora com uma indiferença silenciosa confortável para esse malfeito, num total grau de normalidade, a corrupção é ramificada como na saúde como foi divulgada na mídia, às vezes através de cooperativas terceirizadas e outros mecanismos, assim milhões de recursos públicos desaparecem como fumaça e as mazelas continuam, porque não são acompanhados e fiscalizados com a devida eficácia e às vezes em mãos de gestores fisiológicos.
Por esses descuidos e outras razões o nosso país aparece em 56º lugar nas avaliações de interpretação e produção de textos escritos, leitura e matemática em 2012 segundo o PISA, esse resultado avaliativo do nosso sistema educacional é decepcionante para os brasileiros conscientes, nosso país tem tudo para ser uma nação de 1º mundo quando se diz a 6ª economia mundial, com isso podemos constatar na realidade que não há vontade política para as grandes mudanças que precisamos, parece-nos que o corporativismo gosta mesmo é de remendos, não reconhece o inchaço nos poderes e os excessivos gastos públicos inviabilizam o seu desenvolvimento e levam a nação à falência econômica, depois não adianta justificativas porque todos estarão no mesmo barco furado.
Diante do aquecimento global incontestável com a degradação do solo, subsolo e descuidos com os lençóis freáticos com isso estaremos assinando o próprio infortúnio, alguns ainda estufam o peito e dizem que temos que exportar e exportar, alimentar o mundo, degradando e desertificando nosso meio ambiente? essa é uma euforia utópica, as nossas fronteiras extensas, abertas e vulneráveis por isso entram armas, substâncias ilícitas e entrada clandestina de pessoas de vários países, assim mesmo alguns ainda querem construir pontes permitindo a comunicação com outros países facilitando assim a evasão de nossas riquezas e contribuindo ainda mais com as mazelas da saúde, educação das populações da região.
Outra questão que nos inquieta é a violência que enfrentamos no nosso ir e vir pelo país afora, as mudanças são imprescindíveis e urgentes no código penal, baixando a maior idade aos 16 anos, porque os estados brasileiros estão se tornando ineficientes quanto a segurança do cidadão de bem e de seu patrimônio, ninguém mais tem tranqüilidade até na convivência social, porque o deus deste mundo é o dinheiro e para consegui-lo de maneira fácil, vale tudo, até ceifar vidas humanas, as pesquisas internacionais nos revelam que os estados de Alagoas e Espírito Santo tem o maior índice de violência com mortes no Brasil, só não vê quem vive numa bolha ou nos palácios de cristal.

Maria Luiza Azzallini Medeiros
E-MAIL: profm.luiza@bol.com.br
Blog: blogprofmarialuiza.blogspot.com 11.12.2013

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