terça-feira, 4 de março de 2014

Brasil enfoque ético


Contra fatos não há argumentos
Não podemos ser indiferentes à tantas inverdades ditas de todas as formas, na sociedade e também  nas casas de lei, em ano de eleições são tantas as promessas teóricas como sempre, após as eleições os cidadãos que acreditaram  nelas e votaram não são mais ouvidos, quem diz que os outros vivem do passado é porque não sabem que as conquistas do presente têm sua sustentabilidade lá onde se originaram, diante de tantas incertezas  nas eleições, já pensam no revanchismo deixando para os próximos governos a inviabilidade de governabilidade como castigo para os seus opositores mas quem carregará o piano do déficit nacional é o próprio povo.
A crise atual de desconfiança com a inércia para coibir a violência explicita pelo país afora nos dá a sensação de indiferença com a frouxidão e a impunidade para os malfeitos, que continuam circulando por todos os lugares indiferentes aos fatos na república, que até ficamos desacreditando que um dia sairemos desse marasmo, uns até afirmam que aqueles que querem mudanças vivem do passado, esses uns estão equivocados, porque quem nega o passado não constrói a história nacional, é o caso do plano real,  que alguns foram até contra a Constituição, contra a responsabilidade fiscal mas são mal agradecidos porque sobrevivem desse plano e se acham insubstituíveis.
Não é fácil identificar a corrupção, ela é dissimulada, corporativista, sutil, sofisticadíssima, cheia de esquemas e ama as máfias,  surge a qualquer momento e em qualquer lugar, as deficiências das quais somos vítimas e as cambaleadas econômicas  com que temos convivido nos causam tanta desconfiança do futuro, essas deficiências todas não são devido apenas às crises econômicas externas como alguns querem nos convencer mas também pela corrupção interna existente aqui e também as más gestões que ocorrem por votos medíocres que os elegeram.
Uma das coisas que deterioram a política brasileira são as malditas coligações que ajudam apenas os corporativismos não tão bem intencionados e nepóticos, causando a desconfiança dos eleitores, com tantos partidos genéricos da mesma ideologia nefasta que se apresentam  como democráticos mas são só roupagem, as verdadeiras causas do crescimento econômico pífio em nosso país são de origem política perdulária e a cortesia com o chapéu alheio e por isso é necessária a alternância de poder, só com as mudanças políticas que poderemos resgatar o conceito de república.
Não podemos conviver com tantos instrumentos de barganha na atualidade, com o inchaço nos poderes e o excesso dos gastos públicos, por que não transformar 513 da câmara federal em 81? como no senado? por que não se dirime a expansão da lavagem de dinheiro e da corrupção nos paraísos fiscais através de laranjas, chega de governos perdulários com futilidades.
As nossas instituições poderiam ter suas economias mais saudáveis como por exemplo a Petrobrás que foi o orgulho dos brasileiros, hoje se apresenta segundo a mídia estrangulada e segundo dados da agência de informações financeiras  Bloom-berg a Petrobrás é a  empresa mais endividada do mundo  e sofre uma sangria financeira  há três anos e em 2013 a  sua divisão de abastecimento amargou perdas de 18 bilhões de reais e continuará a pagar o preço dos equívocos na política econômica e o povo pagante de impostos que continua   tão sacrificado com esses  empréstimos externos de bilhões de reais através do BNDES assim como outras instituições como a Eletrobrás estão em grandes dificuldades, com tantas vulnerabilidades, assim não há país que  não vá à bancarrota!.
Como o parlamento pode ter interesse em fazer debate e discussão tão necessários? se  a mais de uma década desaprendeu  isso, não se interessa  mais pelo argumento, sem ele tudo fica mais cômodo,  o ensino da argumentação desapareceu das aulas nos dias atuais, nem as profissões que trabalham com a comunicação conseguem fazê-la, têm enorme dificuldade de argumentação e por isso esse avalanche de assuntos fúteis na mídia televisiva, o ensino no Brasil tornou-se superficial e a compreensão é difícil de ser processada com essa lacuna – daí  os milhões de analfabetos funcionais, o argumento  já  não apimenta mais as entrevistas com autoridades ou políticos na TV do parlamento, é matéria pouco ensinada em Língua Portuguesa em todos os níveis de ensino em nosso país, pois isso é trabalhoso e pouco valorizado pelas gestões políticas que têm mais vantagem com a mediocridade de grande parte da sociedade porque assim deles nada cobra.
No ângulo visual dos que vivem nos palácios de cristal vivemos todos num paraíso, que só é real para os que usufruiem dos benefícios de seus cargos, a  indiferença faz com que os desequilíbrios se avolumem por todos os cantos do nosso país, só  vemos inversões de valores, dois pesos e duas medidas! é bem verdade, como diz o ministro Joaquim Barbosa: “criou-se na justiça um novo determinismo social, esqueça tudo sobre bandidagem, políticos famosos de costas largas, bolsos cheios não formam quadrilhas, isso só se aplica aos despossuídos ou políticos de baixa estatura como aquele que não perdeu o seu mandato no primeiro julgamento com  voto secreto  na Câmara e que só depois do voto aberto  veio a perdê-lo”.    
Atualmente estamos convivendo com  uma cultura do desrespeito, a palavra já não se garante mais,  há o corporativismo da conveniência de interesses, alguns dizem que não se  incomodam com críticas porque  têm poder nas mãos  e se consideram dono da verdade,  a sua, muitas vezes distorcida, não há humildade porque estão confortáveis para justificar o indefensável dentro do seu corporativismo ideológico, numa sociedade deteriorada por  idéias e coisas fúteis.

Maria Luiza Azzallini Medeiros
Blog:blogprofmarialuiza.blogspot.com  04.03.2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário