quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Brasil enfoque ético

Um país que nunca existiu
Nenhum país pode almejar a grandeza enquanto a parte da massa viver na precariedade educacional e no déficit sem a derrota da impunidade, a Veja se dedica a entender o alcance histórico desse protagonismo cuja face mais visível é a atuação do Juiz Sergio Moro frente à Lava Jato, no qual paira o sentimento primitivo desses delinquentes da corrupção corporativista e simbiótica, o ganho fácil e a lavagem de dinheiro gigantesca.
Que país e este? Frase que serve para expressar o processo de revolta e indignação dos brasileiros conscientes que foram forçados a passar por vários anos pelo processo de pixuleco e o país do futuro está no processo de pixulecação se a PF e o MPF forem às ultimas consequências com a Operação Lava Jato e o trabalho do Juiz Sergio Mora não sofrer dissolução de continuidade ainda podemos alimentar a esperança de recuperarmos a República Federativa do Brasil, a PF vai mostrando aos incrédulos nas mãos de quem foram os bilhões desviados dos cofres públicos, em país de pixuleco falta instrução, a infraestrutura é precária, pesados impostos e a queda de crescimento são meros detalhes.
A corrupção e a impunidade são a doença que consome o sonho de uma nação, que clama por justiça contra corruptos e corruptores, há uma miscelânea de ideologias, muda-se de partido como se muda de camisa, sem compromisso nenhum com o eleitor, o que mostra como a falta de confiança nos governos e nas instituições é latente, hoje o país está num mar de lama da desconfiança, maus exemplos em todos os sentidos pelo país afora.   
Alguns ainda queriam revelar menos do que sabem em troca da delação, outros até escondem a prova do delito, não temos que somar energia com quem não queremos mais, o que se espera se houver remoção que não assuma o poder algum  político medíocre, “nada revela mais o caráter de um homem quando detém o poder ou autoridade sobre os outros” Plutarco,  quem não quer prestar conta aos seus eleitores tem que cumprir a lei da Lava Jato 2, diante de tantas estratégias ardilosas para colocar a corrupção debaixo do tapete, os brasileiros conscientes não aceitam acordão, paira um sentimento primitivo contra o MPF que apresentou denúncias sobre corruptos  e que não haja mais políticos que não apreciam  bons princípios, ditadores camuflados  na pele de cordeiro que para os quais só valem o que eles pensam e a sua vontade, desde quando esquerda é democrática?.
No esquema de corrupção na Petrobras e pelo país afora, as mudanças estão nas mãos do Congresso se quiser interpretar o que pensa a sociedade consciente sobre o crucial momento, tenta-se até a indicação de um novo ministro do STJ  que terá de relatar os processos relacionados à Lava Jato que poderá levar ou não corruptos a responderem pelos seus delitos, são tantos os disfarces para desviar o foco do momento na mídia, até desterram autoridades que já partiram a mais de 60 anos, outros querem pactos e união agora?, só sobra conta da gastança para a sociedade pagar, não é possível haver civilização se não há estabilidade, não é possível haver estabilidade sem um sistema judicial independente que funcione para todos durante o tempo inteiro, a força que sustenta os procedimentos da JF na operação Lava Jato é a obediência permanente à letra da lei e é com ela que o poder judiciário tem que trabalhar para combater a impunidade, sendo vigiado por uma equipe de 93 pessoas, alguns ainda dizem que a PF e o MP  estão criando um regime de exceção no Brasil, para perseguir cidadãos sem culpa formada, então temos que ter dois pesos e duas medidas? se a lei 12850 foi sancionada em 2013, isso não é um contra senso?.               
Em nosso país há leis até demais mas para que servem se não são aplicadas por igual  para todos?, só haverá esperança de uma sociedade justa se estiver em funcionamento um judiciário independente, o tiroteio disparado contra Moro é uma das mais agressivas campanhas em favor da negação da justiça que o Brasil já conheceu, é o condomínio formado por alguns expoentes da política, até se compara o combate judicial da corrupção corporativista simbiótica com a perseguição aos judeus na Alemanha nazista, olhem só que comparação absurda!, “o trabalho do Juiz Moro está mais vivo hoje, o estado de direito agradece” (J.RGUZZO).
As manifestações de rua centram forças em duas frentes: o Congresso e o TCU, há também as manipuladas com distribuições de sanduiches e transporte gratuito com ônibus fretado, com bandeiras e ideologia que não é a nossa, o mensalão era realmente uma piada se comparado com o Petrolão, em apenas uma diretoria da Petrobras arrecadou-se R$ 500 milhões em propina, vale tudo pelo bilhão quando se é incapaz de cortar gastos na carne com 39 ministérios e 23.941 cargos com ajuda de parcela do Congresso, abusa-se da criatividade para encontrar verbas, tributando o cidadão que paga impostos pesados sem dó nem piedade.
A crise requer do parlamento uma saída para a mesma pela alternância de poder pelo voto, na qual as políticas de governo precisam corresponder as políticas de campanha, maus exemplos se espalham pelo país afora, estados e municípios, vejam só, o caso da prefeita ostentação no estado do Maranhão que sumiu com o dinheiro da merenda escolar segundo a mídia, quanta impunidade e vergonha!, transparência é primordial, quando alguns tentam culpar só a oposição de fiscalizar, o que é a sua função constitucional, o que deveria ser de todos os parlamentares.

Maria Luiza Azzallini Medeiros
Blog: blogprofmarialuiza.blogspot.com 26.08.2015 




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