sexta-feira, 1 de março de 2013

Brasil enfoque ético



A verdade como um brilhante

Nos países em desenvolvimento como o nosso as leis deverão ser sucintas, claras e eficientes, diante do quadro alarmante da violência que vive à sombra da impunidade em nosso país, com brechas para justificar o injustificável, como estamos vendo na mídia julgados saindo pela porta da frente e respondendo em liberdade, voltando às ruas continuando seus crimes e causando pânico aos cidadãos de bem, necessitamos de mais coerência, se persistir a frouxidão tudo indica que a sociedade começará fazer justiça com as próprias mãos, o que não é correto, porque quem tira a vida do seu semelhante por motivo torpe não tem direito de ser livre.
A mídia nos tem mostrado crimes bárbaros e coletivos, dando a sensação de que o crime compensa porque existem brechas nas leis jurídicas, que permitem serem aliviados em suas penas, indignam cada vez mais as pessoas de bem, o crime esta mais organizado do que nunca, o abafa- abafa, os desvios de foco, o não dar crédito aos anseios dos cidadãos de bem são sintomas de parcela da sociedade que não deseja a verdade e tão pouco a transparência.
Já está insustentável a explosão da violência, os julgados já não se intimidam com nada porque sabem que serão aliviados, ficam impunes e às vezes escapam evadindo-se para outro país, isso precisa deixar de existir em nosso país, a moralidade e a ética são uma tônica indispensável para todo e qualquer país, para que a violência seja extinta é necessário que a mentira não tenha a face da verdade, até a legitimidade dos votos de uma sociedade em que grande parcela é condicionada é questionável, devido a falta de conhecimento e consciência política, sempre que um partido se elege, quando são feitas críticas até mesmo construtivas e até mesmo de mazelas diz-se que tudo é intriga dos adversários.
O parlamento existe para que as questões nacionais sejam muito bem discutidas e debatidas, a tribuna é para isso, até que se chegue a um consenso a bem do país e acima dos partidos, é o mínimo que os brasileiros conscientes esperam dos parlamentares, o que atualmente não vemos nas casas legislativas, o que vemos é um parlamentar puxar o microfone do outro, isso é de uma selvageria inaceitável, uma cena como essa na câmara federal é um sentimento primitivo e uma atitude antidemocrática, como pode ser democrático um parlamentar que não sabe lidar com as críticas?
Olhem só as crises nas santas casas e hospitais públicos, são explicitas pelo país a fora, falam-se em milhões e milhões de reais para a saúde, mas os resultados não refletem a realidade e não sanam as mazelas nos principais pilares: educação, saúde e segurança.
Falando em educação, levar-se-ão décadas e décadas para corrigir as formas de analfabetismos vigentes, parece que alfabetizar é coisa muito simples que se pode estabelecer metas e tempo para sua superação, alfabetizar não é somente juntar letras, silabas, palavras ou frases, vai muito além disso, o processo cognitivo de uma criança é diferente para cada uma, envolve muitas ciências: morfologia, sintaxe, semântica , fonética, neurolinguistica e outras, ensinar a pensar, refletir é trabalhoso.
Exigindo dos futuros professores um preparo pedagógico cuidadoso em seus cursos pedagógicos nas universidades para um ensino de qualidade, alfabetizado é um individuo que entende o que ouve, o que lê e estabelece processos dedutivos das mensagens, transferindo-as para a escrita, exige um amadurecimento intelectivo para isso,então estabelecer metas e tempo para extingui-lo é um absurdo, uma insensatez, o tempo dirá.
É preciso uma responsabilidade coletiva, querem resolver de afogadilho a questão da alfabetização, que depois serão apenas registros estatísticos duvidosos, de acordo com o plano nacional de educação ainda vigente, essa idéia nos parece não ser uma questão tão fácil assim para resolvê-la com imediatismos, por isso temos milhares e milhares de analfabetos funcionais em várias profissões, até mesmo na política pelo país a fora.
De acordo com a realidade brasileira temos cidadãos cheios de drs, malas de diplomas e nem por isso estão alfabetizados, escolas não são empresas para ser avaliadas pela produtividade, educação é um mister, não é estabelecendo tempo e metas que se vai chegar a um padrão de alfabetização, educação é um pilar essencial para o desenvolvimento de uma nação, mas para chegarmos a esse patamar é necessário sintonia de todos, principalmente dos parlamentares, vontade política, patriotismo, enxugamento das câmaras: federal, estaduais e municipais em todo o país.
É preciso antes de tudo resolver algumas pendências nacionais como: lavagem de dinheiro, corrupção, demagogias, maquiagem, burocracias, prepotência e arrogância, assim teríamos os recursos para a educação, o principio da moralidade e da ética deve valer para todos, que devem entender que o momento atual é de águas agitadas e ventos fortes para a humanidade e não é diferente para nós, a fé e a política têm muito em comum, é fácil enaltecer o sistema da ilha sentindo-se confortável na democracia brasileira, por que não se vai viver lá?


 Maria Luiza Azzallini Medeiros
 E-MAIL:profm.luiza@bol.com.br
 Blog: manamarialuiza.blogspot.com 28.02.2013

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